Uma das maiores obras de engenharia rodoviária na América Latina neste século, com investimentos de mais de US$ 352 milhões, a Rodovia dos Imigrantes, no estado de São Paulo, é um dos principais corredores do Brasil, constituindo-se de vital importância para a economia brasileira. Para se ter uma ideia da importância do complexo, a construção da segunda pista, por exemplo, ampliou em 70% a capacidade de tráfego da rodovia - investimento feito pela Ecovias.
A Rodovia dos Imigrantes atravessa o Parque Estadual da Serra do Mar, reconhecido pela Unesco como reserva da biosfera da Mata Atlântica, uma das maiores concentrações da biodiversidade do Planeta, e por essa razão, a construção se tornou um desafio de engenharia no qual os aspectos ambientais passaram a ser tão relevantes quanto os técnicos e econômicos envolvidos na obra.
Antecipando em seis meses a entrega dos trabalhos na Imigrantes, a CRASA Infraestrutura quebrou o paradigma de que Engenharia e Meio Ambiente não poderiam andar lado a lado, e superou três importantes desafios na construção de 8,2 quilômetros de túneis ao longo da rodovia.
Os desafios da CRASA se concentraram em vencer em poucos quilômetros um desnível de 730 metros entre o trecho do Planalto e a Baixada Santista, enfrentar geologia composta de ampla gama de materiais de distintos comportamentos e projetar e construir três túneis na rodovia que atravessa o Parque Estadual da Serra do Mar.
Várias medidas foram tomadas para minimizar os efeitos da construção dos túneis sobre o meio ambiente em todas as fases do projeto, desde a alteração do traçado original do projeto, passando pela construção dos canteiros de obras em áreas já degradadas na construção anterior (pista ascendente) às ações de educação ambiental que envolveu 4,5 mil funcionários.
A criação de um Departamento de Meio Ambiente, ativo do início ao final dos trabalhos, a monitorização constante da qualidade do ar no interior dos túneis e a introdução de tecnologia de combate a incêndios foram outras ações realizadas como forma de evitar prejuízos ambientais. Para a construção dos túneis, a CRASA também protegeu as encostas e nascentes da serra, assegurando a potabilidade da água para as comunidades.
Cabe ressaltar que a empresa aplicou uma rigorosa política de segurança e realizou campanhas educacionais constantes que garantiram um total de 14 milhões de horas-homem sem acidentes de trabalho. No viés da responsabilidade social, a CRASA optou pelo aproveitando quase que integral da mão de obra local, beneficiando as comunidades da região, com a geração de 4, 5 mil empregos diretos e até 14 mil indiretos.
Para alterar o traçado original foi preciso realizar o aprofundamento do eixo original da rodovia no maciço da Serra do Mar e construir túneis mais longos e viadutos com vãos maiores e, portanto, com menor número de pilares para reduzir os elementos agressivos ao meio ambiente.
Como parte da preservação da flora da região, a empresa resgatou e replantou algumas espécies de bromélias e orquídeas e coletou material botânico das áreas de desmatamento. Foram capturados e transcolados animais das frentes de serviços, bem como resgatados os feridos.
Entre os resultados das medidas adotadas pela CRASA estão a preservação da natureza com benefícios às comunidades que vivem na região; mantido o patrimônio biológico para as futuras gerações, além de uma obra que é referência para a engenharia mundial.
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