Na sexta-feira (07/03), a CRASA Infraestrutura promoveu o 1º CRASA Day de 2025, evento online que reuniu cerca de 100 participantes para uma reflexão sobre inteligência emocional e crenças limitantes. A palestra foi conduzida por Kelly Aguiar, filósofa e especialista no desenvolvimento de virtudes e habilidades emocionais, que compartilhou sua experiência de mais de 15 anos na área.
O encontro foi aberto por Rodrigo Titon, diretor administrativo-financeiro da CRASA, que destacou a importância de abordar temas ligados ao bem-estar emocional e à cultura organizacional no ambiente corporativo. "Hoje, para nós, questões como inteligência emocional e crenças limitantes são tão relevantes quanto metas, performance e entregas. O CRASA Day foi criado desde o início da empresa para promover reflexões valiosas com profissionais renomados", afirmou.
Durante sua palestra, Kelly Aguiar explicou como as crenças limitantes se formam ao longo da vida e influenciam a autoestima e as escolhas dos indivíduos. “Crenças limitantes são pensamentos que restringem nosso potencial, muitas vezes de maneira inconsciente. Superá-las é essencial para fortalecer a inteligência emocional e lidar com desafios com resiliência”, ressaltou.
A especialista enfatizou que superar essas crenças requer autoconhecimento e amadurecimento emocional. "Quando não acreditamos em nosso próprio potencial, não enxergamos oportunidades e limitamos nossas possibilidades. Desenvolver inteligência emocional nos permite reestruturar essas crenças e traçar um plano real de crescimento pessoal e profissional", destacou.
Kelly também abordou o amadurecimento emocional como um processo contínuo, que envolve diferentes "partos" ao longo da vida: físico, financeiro, emocional e intelectual. Segundo ela, reconhecer essas fases é fundamental para desenvolver uma mentalidade de crescimento. “Quando acreditamos que não somos capazes de algo, limitamos não apenas nossa percepção, mas toda a nossa expressão de vida. Mudar essa perspectiva abre espaço para novas oportunidades e conquistas”, pontuou.
Estratégias para superação
Na apresentação, Kelly citou exemplos comuns de crenças limitantes e estratégias para superá-las. Uma das mais recorrentes é a crença do "Eu não posso". Segundo ela, pensamentos como "isso não é para mim" ou "nunca consegui antes, então não conseguirei agora" impedem o crescimento e a experimentação de novas possibilidades. Como estratégia para superar essa barreira, a palestrante sugeriu mudar a perspectiva: “Em vez de pensar ‘eu não posso’, tente adotar a crença ‘eu ainda não sei como, mas posso aprender’”.
Além disso, ela incentivou a substituição da certeza da impossibilidade pela mentalidade da tentativa: "Se eu nunca tentei, como posso ter certeza de que não consigo?". Para tornar esse processo mais concreto, propôs um desafio prático: “Escolha uma ação que considera impossível e divida-a em pequenas etapas realizáveis”.
Outra crença limitante abordada foi a ideia de que "não sou capaz de tomar decisões sozinho". O medo de errar faz com que muitas pessoas busquem constantemente a aprovação de um superior, seja um chefe, um mentor ou até mesmo figuras parentais. Para superar esse bloqueio, Kelly ressaltou a importância de aceitar o erro como parte do aprendizado: “O medo de errar reforça a dependência e impede o desenvolvimento. Substitua a crença ‘se eu decidir, posso errar’ por ‘errar faz parte do crescimento’ e desenvolva critérios próprios para tomada de decisões”.
Ela também sugeriu praticar a autonomia em pequenas decisões. “A independência não precisa ser imediata, mas começar a tomar pequenas decisões sem pedir aprovação constante ajuda a desenvolver confiança”.
Evitar novas crenças limitantes
No encerramento da palestra, Kelly ressaltou que, para evitar a criação de novas barreiras mentais, é essencial cultivar uma identidade forte e um pensamento crítico ativo. Entre as posturas essenciais, ela destacou: autoconhecimento, pensamento crítico, mente aberta, diferenciar ideias de crenças limitantes e consciência de crescimento.
“Ao conhecer melhor a própria identidade, é possível escolher conscientemente quais crenças assimilar. A humanidade ainda não tem todas as respostas, e pensar de forma independente é essencial para a evolução pessoal. Aceitar que não somos donos da verdade protege contra crenças limitantes e favorece o crescimento contínuo. Basear o pensamento no bem coletivo e na busca por soluções mais amplas. Sempre há espaço para ser melhor do que somos. Ao reconhecer e desafiar nossas crenças limitantes, abrimos caminho para uma vida mais autônoma, confiante e realizada”, concluiu.
Finalizando o evento, Rodrigo Titon reforçou a proposta da CRASA de investir no desenvolvimento integral de seus colaboradores, incentivando reflexões sobre temas essenciais para o crescimento humano e profissional. Ele também incentivou os participantes a compartilharem as ideias e propostas apresentadas na palestra, ampliando a discussão e promovendo mudanças positivas.

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