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O compliance e governança corporativa no mundo. Desafios e oportunidades!

Atualizado: 5 de nov. de 2019


Ranking de complexidade para aplicar o compliance corporativo


Até pouco tempo atrás, pouco se ouvia falar sobre Compliance e Governança Corporativa – conceitos criados na década de 80 e 90, após diversos conflitos de interesses entre acionistas de grandes corporações. Grupos de investidores estavam insatisfeitos com a falta de transparência das empresas, além da resistência das mesmas em relação às auditorias externas. Tudo isso, somado aos grandes escândalos corporativos, alteraram definitivamente a gestão das empresas e deram início às práticas de governança corporativa.  Porém, com tantos escândalos de abalo de confiança, as empresas do setor público e privado estão ainda mais rigorosas em agir nas conformidades, tanto quanto à transparência, quanto em respeito ao código de ética. 







Segundo a TFM Group, 2019, Brasil ocupa a sétima posição dentre os que possuem os regimes de normas de conformidade mais complexos (sendo o 2º na América Latina) — ficando atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos (1º), Catar (2º), China (3º), Argentina (4º), Malásia (5º) e Líbano (6º). Logo depois do Brasil, estão Vietnã (8º), Polônia (9º) e Uruguai (10º) – segundo dados da edição 2018 da "The Compliance Complexity Index".



Segundo a TFM Group, 2019, Brasil ocupa a sétima posição dentre os que possuem os regimes de normas de conformidade mais complexos (sendo o 2º na América Latina).

A publicação reúne, anualmente, informações sobre a complexidade do compliance e da regulação em 84 países. Este índice mede a dificuldade de adoção das práticas de governança e compliance pelas empresas.


Na prática, a diferença entre compliance e governança corporativa está na relação deles com os valores da empresa. Enquanto o compliance cuida da conformidade com as regras, a governança busca alinhar a mentalidade dos gestores e seus processos de gestão. O compliance age de acordo com informações e a transparência nos dados, demonstrando que a organização cumpre suas normas. Já a governança reforça a reputação da empresa ao trabalhar os benefícios de uma atuação ética e estruturada, mostrando a relevância disso para os acionistas. 


As práticas de responsabilidade corporativa chegaram aos âmbitos governamentais quando, no Paraná, o governo do Estado implementou o Programa Estadual de Integridade e Compliance - inédito na administração pública no Brasil, que envolve a concepção, implementação e monitoramento de políticas, procedimentos e práticas em torno do respeito à moralidade e eficiência administrativa. O projeto foi, vencedor do 1º Prêmio Compliance Across Americas, durante o IV Congresso Integra e II Compliance Across Americas, em São Paulo.  A adoção dos princípios vão muito além das exigências legais. Mas, como aplicar compliance e governança na sua corporação? Primeiramente, tem que haver interesse da liderança da organização na implantação, posteriormente, fazer um levantamento de diagnóstico e planejamento, estabelecer as políticas e código de conduta, mapeamento de riscos e estratégias, e, por último, definir uma equipe de gerenciamento de normas de conduta e crise, para monitorar se os critérios estão sendo levados a sério pelos colaboradores e gestão. 


Contudo a adoção de práticas transparentes e que consideram os interesses de todos os stakeholders em suas decisões, possibilitam a criação de um ambiente corporativo mais íntegro, conectado com as pessoas e suas aspirações, levando, inevitavelmente, ao aumento de valor da empresa perante a  sociedade.

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